Saturday, 17 February 2007

Portugal no seu melhor - continua a saga

Do Público de 17-02-2007:
De acordo com a proposta governamental apresentada à Junta Metropolitana do Porto (JMP), a Metro passaria a ser gerida por um conselho de administração constituído por cinco elementos - três dos quais indicados pelo Governo e os dois restantes indicados pelos autarcas da Área Metropolitana do Porto, sendo que nenhum autarca poderá ter assento neste órgão, como acontecia até agora. (...)

Na audiência de anteontem com a Junta Metropolitana, o ministro dos Transportes terá condicionado o investimento na concretização das novas linhas à nomeação de uma administração com um perfil "mais profissional e mais capaz" de levar por diante a segunda fase do projecto.
(...) o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, parece ter convencido os presidentes de câmara do Grande Porto de que "não adianta ter a maioria na administração, se não houver dinheiro para obras", como ontem assumia um autarca ao PÚBLICO.

Da leitura da notícia, ficam algumas questões no ar:

- capacidade e profissionalismo só se conseguem com nomeações políticas?
- a actual administração não conseguiu levar adiante a 1ª fase do projecto com profissionalismo e capacidade? Os resultados da Metro do Porto e o modo como está a funcionar o metro parecem atestar da competência de quem lá está.
- será que as medidas de reestruturação seriam as mesmas se o governo e a junta metropolitana do Porto fossem da mesma cor política?
- desde quando é que a chantagem que se deduz do último parágrafo é um meio legítimo de fazer política em Portugal?

Com este tipo de gestão o país não vai longe... e se for, é devagar e apenas pela força da inevitabilidade.

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