Refer contrata quadro depois de lhe pagar indemnização para sair
Um director da Refer que rescindiu contrato com a empresa recebeu uma indemnização, mas regressou como consultor
120.000 foi o valor da indemnização atribuída ao quadro técnico que depois voltou à empresa como consultor a A Refer contratou um consultor com um ordenado de 6000 euros mensais que já tinha sido seu quadro técnico. Joaquim Barbosa, engenheiro da área de sinalização da empresa, rescindiu o contrato em 2004 (durante a administração de Brancaamp Sobral na empresa), numa altura em que o seu ordenado rondava os 5000 euros e recebeu uma indemnização de 120 mil euros. Mas em finais desse ano, pouco depois de Luís Pardal ter sido nomeado presidente da empresa, é contratado como consultor para assessorear o conselho de administração por cerca de 6000 euros/mês.
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Tratando-se de uma empresa em reestruturação, a Refer tem uma porta aberta para negociar a rescisão com os seus trabalhadores que queiram sair a troco de uma indemnização. Tem sido desta forma que esta empresa (e também a CP) têm vindo a diminuir o seu quadro de pessoal sem grandes tensões sociais. Ocorre, porém, que alguns regressam como consultores para a própria empresa ou suas participadas.
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E depois admiram-se como é que estas empresas públicas são cronicamente deficitárias... As pessoas que enquanto administradores das mesmas nada fizeram para mudar o seu estado, são agora "consultores" com grandes salários. Não me entendam mal: não sou daqueles que acha que os gestores ou administradores têm salários demasiado elevados, principalmente os das empresas públicas. Acho sim que salários elevados devem estar ligados a performance elevada das empresas que por eles são geridas. O caso da Refer e destes dois ex-adminstradores é paradigmático do que se passa em Portugal: a performance é a última coisa a ser premiada.
1 comment:
Eu queria um tacho destes. Se alguém souber de uma vaga por favor contacte-me ;-)
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