
Esta notícia saiu na edição do Público de hoje. Julgo que se trata de artigo de extrema relevância para podermos melhor compreender a situação actual de Portugal. Na realidade, o artigo não acresenta nada ao que nós já sabemos há muito tempo: não damos a devida importância aos recursos humanos que formamos, apesar de estes serem valorizados noutros países. O típico empresário português, vê os jovens licenciados como pessoas que nada sabem fazer (ouvi este comentário várias vezes) e que por isso não têm que ser valorizados. A orientação política do actual governo em termos de formação avançada vai ainda piorar as coisas. Projectos com o MIT, Carnegie-Mellon, Texas-Austin e afins com o objectivo de formar doutorados (porque em termos de rácios de phd/população estamos muito mal quando comparados com os restantes países desenvolvidos) vão provavelmente acabar em: ficar desempregado em Portugal (se nem com licenciaturas ou mestrados as pessoas consequem encontrar trabalho, então com o PhD nem quero imaginar) e/ou emigrar. Em qualquer um dos casos, o resultado é o mesmo: péssimo retorno sobre o investimento realizado na formação do indivíduo, sendo que uma boa parte é financiado pelo Estado via FCT. Ou seja, o contribuinte volta a perder.
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