Não sei se reparou, mas temos, em Portugal, uma nova unidade monetária: o “OTA”. (...) os nossos jornalistas, radialistas e pivots de TV, se um (ou dois) deles, utiliza duas vezes seguidas um adjectivo, um advérbio ou uma expressão qualquer – que por qualquer motivo está”na berra” - eis que todos os outros formam fila, para o repetirem ad nauseam. (...)
Agora é ”as bolsas perderam “n” milhares de milhões de Euros, o que dava para construir uma (duas, três, ¾ de…) OTA. O “Ota” passou a ser uma unidade monetária, equivalente (mais ou menos) à antiga e venerável “Pipa de massa”.
E todo o bicho careta, chamado a falar ou escrever sobre muito dinheiro (a fortuna do Soros, os rendimentos do Sultão do Brunei, o preço de um porta-aviões atómico, etc. etc) dirá, invariavelmente que “dava para pagar uma (duas, ¾ de…) OTA. É célebre!
Qualquer dia, vem nas cotações das moedas internacionais. “… e o Dolar desvalorizou 5% contra o OTA” ou “… o Yen mantem a paridade com o OTA”.
(Luis Manuel Rodrigues)*Para as áreas ardidas, certa Comunicação Social também prefere usar, em vez do velhinho "hectare", uma unidade de área muito especial, feita à medida da sua literacia: trata-se do "campo de futebol" que, na cabecinha dessa gente, deve ter, como submúltiplos, o "campo de andebol" e o "campo de ténis". Mas antes isso do que os "hectares quadrados", como há dias ouvi...
C. Medina Ribeiro
Já não nos bastava a medida dos campos de futebol, que para mim muito confusão causa uma vez que não gosto particularmente de futebol, temos agora de interiorizar a medida Ota. Mais, e se o novo aeroporto não for na Ota (duvido, mas nunca se sabe)? Será que vamos ter Alcochete como nova medida? E será que este standard será aceite internacionalmente? Gostava de ver os Ingleses a dizerem Ota/Alcochete quando se referem aos montantes de investimento numa qualquer obra.
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