No mesmo dia fomos ver Sharks, Lions e Lambs. Até parece de propósito.
A tarde começou com a peça Swimming with Sharks com o Christian Slater (que mal apareceu em palco levou logo com palmas... é estranho quando as pessoas aplaudem alguém sem essa pessoa ter feito algo...). A peça é rápida, bem estruturada e com um final surpreendente. Não exige grande esforço nem pede grandes reflexões no final. E sendo baseada num filme, não é de estranhar que seja de agradável visionamento. No entanto falta-lhe aquele ingrediente especial que o teatro normalmente acrescenta a uma história. Tarde bem passada, mas pouco mais do que isso.
O Lions for Lambs, em ante-estreia promovida pelo Guardian, foi uma experiência mais forte. O filme tem muitas falhas, mas consegue agregar muitas das críticas quanto à ida para a guerra com o/no Iraque. É assumidamente anti-guerra, não só na história, mas na própria promoção. É dos primeiros filmes a serem lançados sobre este tema, o que o salva em parte. Segundo nos foi explicado antes do filme começar, normalmente filmes sobre a guerra costumam ter aprovação do Pentágono, mas este não teve, o que supostamente o torna um filme corajoso... seria de pensar que no país defensor da liberdade de expressão não seria precisa grande coragem para criticar a administração, mas isso sou eu a pensar alto... Metade da história (a da repórter e do senador) está bem construída, mas a história do professor e do aluno precisava de ter sido repensada. Com a pressa de lançar a primeira grande crítica à guerra, menosprezaram a narrativa. Mas as questões e dúvidas estão lá. É só pena, que apenas muda o cenário, pois com este filme apetece dizer “been there, done that” com tantos outros filmes sobre tantas outras guerras. Mas um grande mérito tem este filme, o não ter esperado pelo fim da guerra para gerar o debate.
1 comment:
O problema das peças de teatro é que não dão para partilhar na net! Mas esse filme tá cá nos shoppings por isso sou capaz de ir lá dar uma espreitadela!
Um abraço
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